Estas palavras querem falar com outras palavras
nem que as outras palavras não se abram em flor.
Estas palavras distinguem-me dos animais.
Estas palavras distinguem-me dos animais.
Mas estas palavras estão desesperadas por entrar
no rasto do teu pólen por selvagens sugarem
da tua boca as tuas palavras estagnadas.
Envolvo-as em água e limpas estas palavras dizem
que é bom tê-las na boca só para ti. Pedem em silêncio
que as aceites calado sobre o teu corpo armadura.
Estas palavras são abelhas e outras ameaças.
Mas mesmo assim quando puderes
com essas outras palavras que guardas na garganta
como ossos atravessados responde-lhes
com a tua língua de terra e rio acalma-as.
Podes também soterrar as minhas palavras se preferires.
Concede a força das pedras pesadas que rolam pelo monte
às tuas palavras engasgadas. Instala-lhes revolta.
Se as engolires tornam-se irremediavelmente daninhas
maculam o teu caule duro de homem-flor.
Di-las como se ainda não estivessem amargas
como se ainda me pudesses querer toda ou mesmo nada.
Mas mesmo assim quando puderes
com essas outras palavras que guardas na garganta
como ossos atravessados responde-lhes
com a tua língua de terra e rio acalma-as.
Podes também soterrar as minhas palavras se preferires.
Concede a força das pedras pesadas que rolam pelo monte
às tuas palavras engasgadas. Instala-lhes revolta.
Se as engolires tornam-se irremediavelmente daninhas
maculam o teu caule duro de homem-flor.
Di-las como se ainda não estivessem amargas
como se ainda me pudesses querer toda ou mesmo nada.